segunda-feira, 19 de março de 2007

O BATISMO

Eram 7,30h da manhã quando o despertador tocou, nem queria acreditar que era para ir pedalar até à "ruiva". Lá me levantei e me preparei para aquele que viria a ser o primeiro de muitos raids de BTT até hoje.
Então saí do farol (S. Vicente) em direcção a Sagres onde me aguardavam já os mini BTTistas (Tobias e Rui Miguel) e também o grande responsável pelo que sou hoje ao nível do BTT, calma sou só mais um BTTista nada de Pró. Esse responsável, que em breve será meu compadre, dá pelo nome de RIBAS.
Então lá fomos os quatro em direcção à "ruiva" (Ponta Ruiva, uma praia que fica na costa vicentina entre Sagres e Vila do Bispo). Eu na altura levava uma bicicleta de marca KONA, emprestada dum amigo meu e equipada com pedais de encaixe, algo que eu nunca tinha experimentado antes. A certa altura já com alguma adrenalina, por rolar num caminho de terra batida fiz um cavalinho ao qual o meu compadre RIBAS proferiu a seguinte frase: " grande cavalo Pacheco, grande performance" e eu levado pelo entusiasmo voltei a repetir a proeza de mais um cavalinho, só que desta vez me esbaldarei, caindo uma valente porrada de costas no chão, já que levava os pés encaixados nos pedais e estes não saltaram.




Logo fui assistido pelos miúdos e pelo meu compadre (que na altura teve que interromper a sua reportagem que estava a fazer para a SIC) que exclamou logo de seguida “aleijaste-te PP” e de facto eu tinha-me magoado um pouco, ficando com o braço esfolado e uma dor no coxins que durou cerca de um ano. Foi daí que saiu a célebre frase entre nós - "BTT sem sangue, não é BTT".
Mas o nosso destino era a "ruiva", o qual o cumprimos. Chegados lá, apreciamos aquela beleza natural enquanto o compadre RIBAS continuava com a sua reportagem. Já os miúdos reponham forças comendo alguma coisa e bebendo líquidos para se hidratarem, já eu estava a pensar voltar para casa para tratar do meu braço que estava um pouco ensanguentado.
Terminado tudo, lá regressámos em direcção à “mitra” onde nos aguardava uma bela sardinhada e carapauzada feita pelo grande Sebastião.
Como já perceberam, eu sou o Osga, faroleiro, tenho trinta e cinco anos e hoje estou viciado pelo BTT!

OSGA

1 comentário:

ribas disse...

Belo Batismo de BTT!!
É mesmo preciso que se entre no espírito deste desporto.
O BTT é agreste e duro. O respeito pela Natureza é essencial para que esta nos retribua com o prazer que sentimos em cima do nosso selin.

ribas